Lixões: um problema que merece atenção

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#MeioAmbiente POR DANIEL DOUGLAS 03 DE MAIO DE 2021

O Brasil é responsável por produzir, em média, 78 milhões de toneladas de lixo por ano, sendo o quarto país que mais produz lixo no mundo, ficando atrás da Índia, China e Estados Unidos, os três países mais populosos. Em 2019, cerca de 29 milhões de toneladas do lixo produzido aqui no Brasil foram descartadas incorretamente, um número que preocupa pelos danos à saúde humana e ao meio ambiente. Esse descarte, geralmente, ocorre em lugares inadequados, e a céu aberto, formando montanhas de lixo que poluem o ar, a água e o solo.

Proibidos por lei, os "lixões" como assim chamamos, são depósitos irregulares onde o lixo é despejado diretamente no solo e que já deviam estar fechados desde 2014, prazo dado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Porém a realidade não é essa. Os lixões surgem como um reflexo do descarte inadequado dos resíduos sólidos que produzimos ao longo de anos, resultado no acúmulo de rejeitos em áreas ilegais. O Brasil possui 5,570 municípios no total, destes, pelo menos 3,000 mantêm lixões a céu aberto. Apenas no estado do Ceará existem cerca de 300 lixões ativos, o que demonstra a grande necessidade da criação de postos de coleta e manejo desses resíduos para melhorar a situação desses ambientes, diminuindo a poluição e os danos causados.

Principais impactos ambientais

Os lixões causam grandes impactos ambientais, que podem comprometer o equilíbrio dos ecossistemas. Um deles é causado pelo chorume, um líquido escuro e tóxico, que pode contaminar o solo e alcançar os lençóis freáticos, contaminado também as águas subterrâneas. Outro problema dos lixões é a quantidade de gases tóxicos e do efeito estufa liberados na atmosfera, sendo estes últimos os principais causadores do aquecimento global. A presença de lixões também causa e aumenta a propagação de doenças, visto que estes locais atraem a atenção de animais e vetores de doenças.

Principais impactos sociais

Os lixões também são causadores de impactos sociais, interferindo diretamente na qualidade de vida e saúde da população. Em meio às montanhas de lixo, é possível encontrar pessoas carentes que trabalham como catadoras, recolhendo o que pode ser reciclado e vendido para manter o seu sustento. Apesar de ser o único meio encontrado para sobreviver, os catadores correm sérios riscos, pois não fazem uso de equipamentos de proteção, e podem se ferir durante a coleta com pedaços de vidro quebrado, lascas de madeira, substâncias tóxicas e até mesmo se contaminar através dos vetores de doenças.

Possíveis soluções

Ao analisar estes dados, pode-se perceber que os lixões são um dos problemas mais graves na sociedade e que merecem a devida atenção pelos danos que eles geram. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o maior impedimento para o tratamento correto do lixo é a falta de recursos dos municípios, que sugere a adoção de consórcios entre eles para que assim seja possível ratear as despesas, como está sendo feito com o CONVALE, que tem como municípios participantes: Jaguaribe, Jaguaribara, Jaguaretama e Pereiro.

Reciclar e reaproveitar o lixo domiciliar também é uma das formas de acabar com os lixões a céu aberto, pois com estas pequenas ações é possível contribuir diminuindo a quantidade de lixo produzido em casa ou em outros estabelecimentos. Reciclar é um dever de todos e você também é uma peça fundamental para atingirmos esse objetivo!

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