Compostagem: tudo o que você precisa saber!

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#MeioAmbiente POR DANIEL DOUGLAS 03 DE JUNHO DE 2021

No Brasil, cerca de 60% do lixo urbano produzido é formado por resíduos orgânicos. Um resíduo orgânico é todo e qualquer material de origem animal ou vegetal, cujo acúmulo no ambiente é indesejável, como por exemplo estercos de animais, bagaço de cana-de-açúcar, restos de podas, aparas de grama, entre outros. Nesse grupo, também estão incluídos os restos de alimentos da cozinha, crus ou cozidos, como cascas de frutas e restos de comida. Todos estes resíduos podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes para as plantas através do processo de compostagem.

A compostagem pode ser definida como um processo biológico que consiste na decomposição da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, agrícola ou industrial. Trata-se de um processo natural onde microrganismos, como fungos e bactérias, e macroorganismos, como minhocas, formigas e outros insetos realizam a decomposição dos resíduos, transformando-os no húmus, um material rico em nutrientes. Ao ser adicionado ao solo, melhora as características físicas, físico-químicas e biológicas. Além disso, é uma técnica simples e de baixo custo.

A técnica da compostagem foi desenvolvida para melhorar e acelerar a qualidade da humificação da matéria orgânica, onde na natureza esse processo ocorre sem um prazo definido, dependendo das condições ambientais e da qualidade dos resíduos orgânicos disponíveis.

Por ser um processo simples e de baixo custo, a compostagem pode ser feita em casa utilizando apenas o lixo produzido na residência, é o que chamamos de compostagem doméstica. Mas para realizá-la da forma correta, é necessário seguir alguns procedimentos que serão explicados logo abaixo.

Quais materiais orgânicos devem ser utilizados?

Para realização da compostagem, é necessário a utilização do lixo doméstico, que é rico em Nitrogênio (N), um nutriente importante para que o processo bioquímico ocorra. Materiais ricos em carbono (C), como restos de podas, aparas de grama, restos de comida, casca de frutas e outros vegetais, e, se possível, estercos de animais (cavalo, porco, galinha, boi), são fundamentais, pois são fontes de microrganismos decompositores que aceleram a formação do composto.

O que não pode ser utilizado?

Gorduras animais e restos de carne devem ser evitados, pois estes materiais além de apresentarem uma difícil decomposição, atraem animais domésticos. Outro material que não deve ser utilizado são fezes de animais domésticos.

Procedimentos

Primeiramente deve-se separar o lixo doméstico em recipientes diferentes, utilizando um para colocar o lixo seco (papéis, plásticos, vidros, metal) e outro para o lixo orgânico (restos de comida, casca de frutas). Após isso, escolha um local próximo a um ponto de água, de modo que essa água possa escorrer para um local adequado. O lixo orgânico deve ser montado em uma pilha, alternando diferentes tipos de materiais orgânicos, sendo revirado semanalmente. Ao longo do processo, o composto não deve liberar mau cheiro, se isso ocorrer, revire-o mais vezes. Em aproximadamente 9 a 16 semanas, o adubo orgânico estará pronto e pode ser utilizado em todos os cultivos e plantas.

O adubo orgânico é uma opção sustentável para quem busca evitar o uso dos fertilizantes químicos, que degradam e prejudicam a fertilidade do solo, além de contribuir para a redução do aquecimento global. Dentre outras vantagens do adubo orgânico, podemos citar: maior retenção de água, diminuição da perda de nutrientes, redução do descarte de resíduos orgânicos e aumento da rentabilidade.

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