O plástico é um material produzido a partir da refinação do petróleo, um combustível fóssil. Desde que foi desenvolvido, o plástico tem se mostrado bastante útil, resistente, com ampla versatilidade e baixo custo de produção, facilitando o processo de industrialização e o acesso à população. A partir dele, é possível fabricar inúmeros produtos, como brinquedos, embalagens, sacolas, equipamentos e utensílios domésticos, que utilizamos frequentemente em nosso cotidiano. Além disso, a utilização do plástico trouxe uma grande economia para o meio ambiente.
Apesar dos benefícios proporcionados, os impactos dos plásticos são ainda maiores. Essa problemática surge ainda no seu processo de extração e refinamento. Ainda que, para produzir plástico, seja utilizado apenas uma pequena parcela do petróleo (cerca de 5%), é necessário que este passe por todo um processo que envolve atividades geradoras de poluição. Dentre as principais consequências das refinarias para o meio ambiente, pode-se destacar os estudos sísmicos realizados no período de exploração para encontrar o petróleo, o alto consumo de água e energia, a produção de grande quantidade de despejo líquido e resíduos sólidos de difícil tratamento, liberação de gases nocivos na atmosfera e os vazamentos recorrentes de petróleo no oceano.
Após passar por todo o processo de industrialização, os produtos plásticos chegam às prateleiras prontos para serem consumidos, e os problemas só se agravam pós-consumo. Como a maior parte das embalagens são feitas de material plástico, essas são as primeiras a serem descartadas. O maior agravante do plástico na natureza talvez seja o descarte inadequado dos resíduos sólidos, e por ser um material de difícil compactação, acaba gerando um grande acúmulo de lixo. Além disso, possui enorme durabilidade e resistência, sendo à prova de fungos e bactérias, o que dificulta sua decomposição, podendo demorar mais de 100 anos para se decompor totalmente.
Todos os anos, bilhões de toneladas de lixo são despejados na natureza, o que afeta não só a qualidade de vida dos animais e seres humanos, mas também provoca a degradação do solo, a contaminação do ar e a poluição do planeta. Essa degradação é responsável por extinguir diversas espécies da fauna e flora nos mais diversos ecossistemas.
Segundo uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a estimativa é que existem bilhões de toneladas de lixo plástico flutuando nos oceanos. Ainda de acordo com esse estudo, há um grande aglomerado de plásticos no Oceano Pacífico, com uma extensão equivalente ao território dos Estados Unidos. Tanto que em 2013, na costa sul da Espanha, foi encontrada morta uma baleia cachalote com cerca de dez metros de comprimento, onde foi constatado que o animal havia engolido 59 itens plásticos diferentes, totalizando 17 quilos de plástico em seu interior.
Outro agravante, é que o plástico pode fragmentar-se em pequenas partículas, recebendo o nome de microplásticos. Os microplásticos são altamente prejudiciais aos ecossistemas, pois podem estar presentes no solo, na água, inclusive no ar. Eles afetam principalmente o ambiente marinho que, por se fragmentar em pequenas partes, acabam se assemelhando com alimento para muitos animais, provocando a morte e interrompendo o seu ciclo reprodutivo. Estes resíduos já foram encontrados até mesmo na Antártida, onde residem apenas pesquisadores autorizados, mostrando que as ações humanas são as principais responsáveis pela degradação do planeta.
Todos esses impactos poderiam ser evitados com simples ações, pois eles são consequências de pequenos atos que praticamos cotidianamente, como jogar lixo nas ruas e nos rios. A reciclagem ainda é a principal forma para diminuir os impactos causados pelo acúmulo de resíduos sólidos, pois assim, seria possível reaproveitar grande parte do lixo produzido, transformando-o em novos produtos.
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